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Amapá
Amapá

Zamin nega ter ofertado ferrovia como

garantia de empréstimo milionário

Empresa informou que foi garantido ativos das filiais que atuam na EFA.
Procuradoria Geral do Estado vai pedir a cassação da concessão da ferrovia.

Ferrovia tem mais de 190 quilômetros de extensão
no Amapá (Foto: Abinoan Santiago/G1)

A mineradora indiana Zamin negou as informações apresentadas pelo governo do Amapá de que teria oferecido a concessão da Estrada de Ferro do Amapá (EFA), que liga os municípios de Santana e Serra do Navio, à filial de Hong Kong do banco italiano Intesa Sanpaolo em troca de um empréstimo de 136 milhões de dólares. Em nota, a empresa esclarece que os bens dados como garantia para a linha de crédito foram os ativos do Sistema Amapá, que é composto pelas filiais Zamin Amapá Mineração S.A. e Zamin Amapá Logística Ltda.

A mineradora explica que o valor do empréstimo foi usado para readequação e manutenção da ferrovia e esses ativos referem-se ao penhor de créditos gerados a partir das atividades da ferrovia. No documento a Zamin informou também que a Secretaria de Transportes do Amapá (Setrap) teve conhecimento da averbação, que ocorreu em um cartório de notas de São Paulo em abril de 2014, e afirma que a transação ocorreu dentro da legislação federal, estadual e do contrato de concessão firmado com o governo.

Por causa da polêmica, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) está elaborando um pedido pedido de cassação da concessão da ferrovia da Zamin, que é a atual administradora da estrada, parada há mais de dois meses por falta de manutenção. A situação prejudica agricultores e moradores que dependem da ferrovia. Não há previsão de retorno das viagens.

 

Paralisação da ferrovia prejudica agricultores e
moradores (Foto: Cassio Albuquerque/G1)

A empresa chegou a informar que a manutenção não podia ser feita por causa do período de chuvas no estado. Na nota, a Zamin admite que passa por uma crise financeira.

"Cumpre esclarecer que o Sistema Amapá sofreu um forte impacto financeiro devido ao atraso na reconstrução de seu Terminal Privado para embarque do minério de ferro em Santana.

Adicionalmente, a baixa histórica no preço do minério de ferro, que vem afetando todas as empresas produtoras de ferro no mundo, é outro fator relevante que vem causando grande impacto financeiro no Sistema Amapá", diz um trecho do documento.

Os municípios de Santana e Serra do Navio, a 17 e 203 quilômetros de Macapá, respectivamente, são ligados pela estrada de ferro num trecho de 193 quilômetros. As viagens de trem compreendem também o município de Pedra Branca do Amapari, distante 183 quilômetros da capital.

"Noticia de G1"