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Homicídios contra mulheres caem e denúncias

crescem no interior do AC

Delegada avalia que casos sempre existiram e não eram denunciados.
Em 2014, 600 denúncias foram registradas na delegacia de Cruzeiro do Sul.

 

 

delegada responsável pela Delegacia Especializada
no Atendimento a Mulher e ao Menor,
Carla Ívane de Brito (Foto: Vanísia Nery/G1)

O número de denúncias de agressões e ameaças contra a mulher aumentou em Cruzeiro do Sul (AC) nos últimos quatro anos. Em 2010, foram registrados 186 casos, enquanto em 2014 o número subiu para 600. Por outro lado, a estatística dos casos de homicídio mostra uma redução de 75% de 2010 em comparação a 2014. Exemplo disso, é que 2010 foram registradas oito mortes de mulheres e em 2014 foram duas vítimas.

A delegada responsável pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e ao Menor, em Cruzeiro do Sul, Carla Ívane de Brito, relata que o aumento no número de denúncias é considerado o principal fator para a redução no de homicídios.

“Nós observamos o aumento no número de denúncias e de procedimentos instaurados. Isso não significa um aumento da violência, mas que a demanda reprimida, de mulheres que não tinham coragem de denunciar seus agressores estão procurando seus direitos, e isso reflete na redução dos crimes de maior repercussão”, pontua a delegada.

De acordo com Ívane, as mulheres que sofrem agressões ou ameaças físicas, psicológicas, patrimoniais ou sexuais, recebem apoio da Rede Reviver, que inclui a Delegacia da Mulher, Ministério Público, Centro de Referência Vitória Régia, Centro de Referência Especializado na Assistência Social (Creas), Conselho Tutelar e outros órgãos.

“As medidas tomadas na Lei Maria da Penha salvam a vida das mulheres. Caso essas medidas sejam descumpridas, há a possibilidade de prisão preventiva do agressor”, explica.

Os casos de violência contra a mulher são registrados em todas as classes sociais. Segundo a delegada, a incidência é maior nas classes baixas em razão das mulheres de classes mais altas terem receio e vergonha de denunciar.

“Não existe perfil para violência doméstica, ela está em todas as classes socioeconômicas. A diferença é que as mulheres das classes menos favorecidas têm mais coragem, sentem menos vergonha e procuram ajuda com maior facilidade do que aquelas que estão em classes mais abastadas, que em razão da sociedade ficam inibidas em fazer essa denúncia”, finaliza.

"Notícia de G1"